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Sara Benvenuto
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SOBRE O Filme
Marco começa a surgir por meio de constantes mergulhos interiores e exteriores liderados pelo desejo de entender e expor melhor o papel do ressentimento e perdão em nossas vidas, especialmente o ressentimento familiar feminino na vida interiorana do Ceará.
Dessa forma, o projeto irrompe como forma de suprir um maior entendimento psicológico e dramático sobre o desejo feminino de se conectar com o outro feminino em papeis familiares e cotidianos, como mães, tias, irmãs e amigas, acima de tudo. Sendo assim, portanto, imprescindível uma volta ao âmago dos papéis e percurso desempenhados e performados por mulheres nessa narrativa.
Para isso, o curta-metragem Marco nasce em meio à cena contemporânea brasileira, nordestina, cearense e feminina de cinema, em que percebemos a presença de uma concentração na dimensão psicológica da experiência das personagens para compor conflitos dramatúrgicos estruturados tanto na tradição teatral moderna e no melodrama do cinema clássico, quanto na singularidade de fórmulas do cinema experimental.
Por meio da trajetória de Isadora e seu confronto com seu passado familiar, trazemos a figura do ressentimento e perdão como tema central da narrativa, este comumente percebido pelo conteúdo da vivência das personagens femininas em confronto direto e indireto com a estrutura masculina interiorana operante.
Marco, portanto, propõe uma forma de enxergar os diversos temas oriundos do descontentamento do ser feminino na tradição familiar, a partir da análise psicológica da sua própria estrutura ou edificação, e da permissão de identificar e desconstruir suas próprias paredes com cada aflição e decisão das personagens. Projetando, dessa forma, visibilidade ao tema da mulher na família interiorana brasileira, suscitando questionamentos dos conflitos e anojamentos relacionais vivenciados pelas mulheres.